quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cães sem Rumo



Sigo pela A8 de carro. Na berma da estrada seguem 2 cães aparentemente sem destino. Vislumbro-os uns 400 ou 500 metros antes de passar por eles e não fico indiferente. Para onde seguem? Como foram parar ali aqueles cães? Estão certamente amedrontados pois aquela não é a sua "praia". E todos devemos ter direito à nossa praia!

Não esito e de imediato faço uma chamada para a "Auto Estrada do Atlântico" com o intuito de lhes dar conta da presença dos animais naquele local! Antes de passar pelos cães um deles atravessa-se à minha frente. Numa tentativa desesperada de não o atropelar faço uma manobra arriscada desviando-me a todo o custo e fui bem sucedido. Não seria capaz de evitar essa manobra. Não eu!

Olho para o espelho retrovisor e eis que o outro cão que tinha ficado na berma da estrada o segue. Eis que outro carro por ali passa e atropela-o violentamente. O meu ultimo olhar queda-se pelo cão que evitei atropelar. Como que a velar pelo seu companheiro de estrada e certamente a pensar que aquela também será a sua sorte ele senta-se junto dele no meio da auto estrada. Sigo o meu caminho. A sua imagem, o seu destino infelizmente representativo de muitos cães por este país fora faz-me companhia até chegar a casa.
Mato saudades do meu Fidel e presenteio-o com mimos. Penso que todos os cães deveriam ter a mesma sorte que ele tem.

N. Rama

domingo, 20 de setembro de 2009

Beleza ou Saúde?

Vi à dias uma reportagem na "Sic Notícias" no programa "Panorama BBC", onde se abordava a questão do negócio da criação de determinadas raças e da competição das mesmas em concursos. Isto passava-se em Inglaterra, país onde supostamente a defesa dos animais, nomeadamente dos cães, não é posta em causa e onde existe o "The Kennel Club", clube com mais de um século de existência, suposto guardião das raças e que tem como patrono nada nada mais nada menos que a Rainha de Inglaterra, também ela criadora.
Nesse programa constatei que a beleza, amiúde se sobrepõe à saúde do cão. A consiguinidade entre raças é uma opção permanente dos criadores, por forma a que a linhagem dos cães seja no seu entendimento a mais perfeita.

Cientistas concluíram que presentemente e devido ao acasalamento sem escrúpulos de pais e filhos e de avós e netos, pelo menos dez raças de cães mantêm apenas dez por cento dos seus genes originais, e que que tal mistura de sangue provoca doenças e problemas congénitos irreversiveis, levando muitas das vezes à sua morte. Ou seja, na busca de exemplares perfeitos alguns criadores optam pela beleza em deterimento da saúde dos seus cães, sendo que aqueles que eram os padrões de beleza dos no inico do século passado, não são os da actualidade.

Se num ser humano a união entre pais e filhos e avós e netos é mais do éticamente reprovável, digno de repulsa e odioso, porquê fazê-lo com os cães?

Não sei se em Portugal esta prática é corrente mas não deixa de ser pertinente meditarmos sobre este assunto. Pela defesa dos nossos amigos de quatro patas e pela preservação das raças.

N. Rama

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ser Mãe


Ser mãe é algo único diz quem sabe! Nas gatas, salvaguardando as devidas diferenças para com o ser humano, é também muito especial. Podem parir várias vezes ao longo da vida desde que não estejam castradas ou lhes seja dada a pílula.

A Chanica pariu pela última vez à cerca de quatro anos e foi mãe de 6 gatinhos (um dos quais o Poeta). De todos cuidou com extremo zelo revelando um instinto maternal a todos os títulos fantástico. O instinto animal é qualquer coisa fenomenal.

Creio ter sido a primeira vez que tinha reunidas as condições para poder cuidar dos seus filhotes podendo todos conseguirem sobreviver. A Chanica era então, ao fim de seis ou sete anos, uma gata verdadeiramente doméstica tendo passado da aldeia para a cidade e com isso passando a partilhar connosco uma habitação. Surpreendeu-nos com o seu cio e claro está, o resultado foi uma gravidez. Reunidas as condições para o parto, conforto e silêncio incluídos, certo fim de tarde a Chanica aguardou a chegada da sua dona e foi calmamente para a sua caixinha onde pariu três gatinhos e 3 gatinhas.
O Poeta, o mais acanhado, foi o eleito para ser futuramente o quarto elemento da família. Falamos de animais, gatos no caso, mas só quem deles gosta, quem deles trata, sabe quanto custa dar para adopção cinco gatinhos. Esperamos ter acertado nos adoptantes.

Passado algum tempo optámos por castrar a Chanica, essencialmente para o bem dela. Pode parecer contra senso, mas é o melhor que se pode fazer, pois uma gata doméstica com cios constantes não é própriamente muito tranquilo e a pílula é, à medida que os anos passam comummente tida como responsável por cancros de mama nas gatas.

Reagiu bem à castração e dentro de pouco tempo estava a cem por cento. Se já era muito meiguinha, ainda mais se tornou.

O pior estava para vir. Em Agosto de 2008 foi-lhe diagnosticado um tumor na mama esquerda, o que resultou no mês de Setembro do mesmo ano, numa operação e consequente extracção de toda a cadeia mamária esquerda. Complicada a cirurgia, moroso o pós-operatório mas felizmente acabou por correr tudo bem.
Já em Maio do corrente ano, foi-lhe detectado um novo gânglio ainda do lado esquerdo, decorrente da anterior cirurgia e também um pequeno tumor do lado direito. Já em Junho, foi operada, novamente um pós-operatório moroso, mas desta vez com a agravante de terem surgido algumas complicações, visto o local da cirurgia dificultar a recuperação. Mas felizmente, eis que a Chanica se ergue e está de novo em forma.

As decisões de operar ou não operar são sempre complicadas. Em última análise creio dever prevalecer a opinião do veterinário, isto caso estejamos na presença de um que tenha escrúpulos. Como em todas as profissões, há profissionais capazes e menos capazes, honestos e desonestos. Além do mais, é sempre complicado ver um animal sofrer com uma cirurgia. Quem já passou pela experiência de cuidar de um animal nestas circunstâncias sabe do que falo.

Creio ter sido acertada a nossa decisão pelas cirurgias a que ela foi submetida. Pelo menos o presente assim o diz. Hoje, dizemos que não a sujeitaremos futuramente a nova cirurgia caso sejamos com ela confrontada. Mas, o mais certo, é que com ela sejamos confrontados e provavelmente prevalecerá novamente a opinião médica. E como nela confiamos!...

Esta é resumidamente a história da Chanica, a gatinha que em cima podem ver.
N. Rama

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Poeta


Nem só de cães se fazem as companhias. Gatos também os há e cada um com a sua única e exclusiva personalidade fazem as delicias dos seus donos.

Há-os de todas as raças, com mais pêlo, menos peludos, brancos, às cores, pretos e há o Poeta! Nascido juntamente com mais cinco irmãos ele era o maus fuinha de todos, o que menos mamava, o que mais tardiamente abriu os olhos ao mundo, todavia, aquele que fascinou alguém e que por isso foi o escolhido.

No início da sua vida passava horas à janela e sem eu saber em que pensava ficou Poeta. Adora beber água da torneira, implora para que lha abram e guloso como é adora latinhas. Durante a noite premeia-nos com a sua companhia na nossa cama, sendo esta uma das retribuições que nos dá sem que nós péçamos algo.
N. Rama




Rottweiler

Esta não é uma raça qualquer, este não é um cão qualquer. Não o digo por ser um daqueles cães que hoje em dia chamamos hipocritamente de "potencialmente perigosos" (isso qualquer ser humano o é e nem por isso nos chamamos uns aos outros de pontecialmente perigosos), digo-o porque é uma raça que precisa de espaço e dedicação como qualquer raça de porte grande ou gigante.

O rottweiler é uma das raças mais antigas do mundo. A sua origem remonta à época dos romanos onde caminhando meio mundo com as legiões romanas esses cães guardavam os rebanhos, tendo uma função praticamente só de trabalho. À época, aquando da passagem dos romanos pela cidade de Rotweil na Alemanha esses cães encontraram-se com os cães da região, procriaram-se e deu-se uma miscigenação. Eles passam a designar-se por Rottweiler por causa da antiga cidade de Rottweil e a sua função passava novamente a ser a de guarda de rebanhos e animais de grande porte.

Durante o século XIV esta raça era quase exclusivamente utilizada para trabalho e apenas à entrada do século XX este cão foi avaliado para funções policiais, tendo demonstrado particular apetência para tais funções. Além de ser um cão robusto e com muita força, mostrou ser um cão inteligente e dócil. Assim, em 1910 foi oficialmente reconhecido como cão policial.

O Rottweiler é um cão robusto, de porte médio/grande, musculado, de estrutura bem proporcionada, compacto, revelando potência, agilidade e resistência.

A sua criação pretende um cão preto, com marcações em castanho avermelhado bem definidas e que independentemente do seu aspecto geral potente e pujante não deve prescindir de nobreza, tanto de carácter, como de aspecto visual.

A altura do macho varia entre os 61 e os 68 cm e os 45 e 55 kg de peso. Qualquer exemplar da raça que se situe abaixo dos 61 cm e acima dos 68 cm de altura é considerado fora dos padrões definidos pelo ADRK, o clube alemão que com propriedade defende e gere os designios da raça. A altura da fêmea varia entre os 56cm e os 63 cm de altura. O seu peso entre os 37kg e os 58 kg.

Este é um cão detentor de rara inteligência, força e de temperamento equilibrado, o que faz dele um cão de guarda exemplar e de companhia sempre pronta.

Em cima está o meu "Fidel" de 8 anos. Pertencente ao LOP (Livro de Origens Português) e com excelente pedigree. Tem a particularidade de comer apenas quando tem companhia, detesta estar sozinho e adora correr.
N. Rama

O Início

Olá a todos.
Este é um espaço que se deseja de informação e de partilha com todos aqueles, que como eu, gostam da vida animal, em especial de cães e gatos. Todavia, haverá espaço para falar de muitas outras espécies.
Pretende-se dar a conhecer raças, partilhar experiências e alertar para o não abandono, mau trato ou aquisição simplista de animais de companhia, nomeadamente cães e gatos, no fundo aqueles que mais sofrem com o ser des(humano).
A todos aqueles que tenham conhecimento de um dado animal para adopção, nomeadamente cão ou gato, podem contactar comigo através do meu e-mail e logo que possível colocarei a informação neste espaço. Vamos ajudar aqueles que sem nada pedirem em troca, nos dão o prazer da sua companhia. Nada como ouvir um "miau" de um gato, ou um electrizante abanar de rabo de um cão quando chegamos a casa. E eles ainda agradecem.
N. Rama